Quando a vida muda. Uma e outra vez.
Há umas semanas, escrevi aqui, a propósito de ter andado mais ausente, que a minha vida tinha dado mais uma volta. Escrevi, também, acerca da sorte, ou falta dela, e acerca da relação dos Millenials com o mercado de trabalho. Nada disto foi por acaso e esteve tudo relacionado.
A questão é que, há um mês, fiquei desempregada. Tinha um contrato de trabalho, já estava efectiva, mas nada disto importa quando o grupo empresarial a que pertence a empresa onde se trabalha decide terminar o projecto em que estava envolvida e, portanto, o posto de trabalho é extinguido.
Pardon my french, mas foi uma merda.
Mas não é sobre o desemprego que vou escrever. Até porque, felizmente, fui seleccionada para um novo "projecto profissional" e bem, à hora a que este post for publicado, eu já estarei na minha nova empresa :)
Este post é sobre a falta de respeito que existe em quem recruta. Dizem, quando vamos a entrevistas, que "dão sempre feedback. E peço-lhe, por favor, que caso a sua situação se altere, que também nos diga alguma coisa". E isto é só estúpido. Porque, na maioria das vezes, não dão feedback a ninguém. E enerva-me, MESMO, que encham o peito para dizer que dão feedback quando ambos sabemos que isso não vai acontecer. E enerva-me ainda mais que ainda tenham o desplante, sabendo que eles próprios não vão dar feedback, que peçam para que nós digamos alguma coisa caso a nossa situação se altere. Como se nós importássemos realmente para eles.
Agora que fui seleccionada para um novo projecto, é suposto eu ligar para todos os sítios onde fui a entrevista e dizê-lo? Imagino que ficariam meio abananados por nem saberem quem eu sou. Por pensarem "mas porque raio esta está a ligar?". Sentir-me-ia meio ridícula por imaginar, depois de eu desligar a chamada, que iriam gozar com a minha cara.
Sei que nem todos os profissionais de Recursos Humanos são assim... Eu não sou assim (sim, a minha área é Recursos Humanos). Mas é extremamente frustrante. Mesmo.