Se um dia mandar...*
Acabo com a possibilidade de exploração de situações de tragédia. Sim, todos nós nos chocámos - e ainda bem que nos chocámos, signfica que temos empatia -, com os incêndios. Todos nós lamentámos as mortes, pensámos no sofrimento dos familiares das vítimas. Eu pensei nisso e escrevi sobre isso.
Mas isso é uma coisa. Outra coisa completamente diferente é a exploração que a Comunicação Social faz disso. É o mostrar o rosto e a história de cada vítima não como forma de a dignificar mas apenas para vender e para obter cliques. Irrita-me verdadeiramente.
Não é isso que interessa. Não é isso que interessa às famílias ou aos entes queridos. Estes querem procurar paz, não querem ter pessoas, que se dizem jornalistas, à porta e nas redes sociais à procura de algo que venda. De uma história, bonita ou triste, que chame a atenção. A história destas pessoas é uma história normal, igual à de tantas outras, que terminou de uma forma terrivelmente má. Não exploremos isso. Já basta o que sofreram. Deixem-nas descansar em paz. Deixem as famílias em paz.
Agora o que interessa é avançar. Verificar o que correu mal e corrigir. Corrigir todas as situações que levaram a que isto acontecesse.
Sim, às vezes acho que se mandasse, eu seria ligeiramente ditadora...
*Não vai acontecer.