Os Mercados
Há uns anos começou a "moda" de reabilitar Mercados, tornando-os em locais "tendência", in, obrigatórios. Em Lisboa, começou, julgo, pelo Mercado de Campo de Ourique. Posteriormente, a Time Out começou a explorar o Mercado da Ribeira e mais recentemente, foi a vez do Mercado de Algés ganhar uma nova "vida".
E isto é tudo muito bonito, pois claro, porque reabilitar as coisas é sempre bom e proporcionar aos consumidores novos espaços de convívio é sempre bom, certo? Errado. Bom, pelo menos na minha opinião.
Para mim, o Mercado da Ribeira, o mercado, desta nova "tendência", mais falado, é das coisas mais sobrevalorizadas em Lisboa. Tem corners interessantes, dando a possibilidade aos consumidores de ter acesso a restaurantes mais caros a um preço mais acessível mas, ainda assim, é sobrevalorizado e a qualidade-preço má. Por uma razão muito simples: aquilo é desconfortável para caraças. No Inverno, é frio. É uma confusão desgraçada e não consigo perceber como é que grupos têm a ideia de ir lá comer, uma vez que é mais provável o Trump se tornar num bom Presidente do que se encontrar uma mesa onde caibam mais de 4 pessoas juntas (se até duas às vezes é difícil!). Já para não falar que estamos a pagar caro para, no fundo, comermos em tabuleiros...
O de Campo de Ourique, embora mais pequeno, é mais confortável e organizado. Ainda assim, é complicado, lá está, encontrar mesas para grupos. No fundo, comer em Mercados é quase como comer em centros comerciais. Mas em caro...
Resta, claro, o de Algés. Nunca lá fui, admito, mas pelo que oiço falar, é mesmo o pior. O mais pequeno, onde as filas para os restaurantes se cruzam com as mesas onde as pessoas comem.
Eu não sou fã. Chamem-me velha do Restelo ou old school, mas eu cá prefiro um restaurante a sério.