Gillette
Pois então, parece que a polémica da semana é protagonizada pela Gillette que lançou uma nova campanha publicitária que pretende alertar contra a "masculinidade tóxica". Melhor dizendo, não é a Gillette que protagoniza a campanha, mas sim os milhares de pessoas que colocaram "Não Gosto" no vídeo e os homens que se insurgiram contra o dito anúncio.
Obviamente que eu, ainda que muito ocupada que ando, tive que ir ver a campanha, de forma a tentar perceber o porquê do ruído. E... Não percebi.
A campanha está extraordinária. Pretende alertar contra uma série de comportamentos, alguns deles bastante enraizados na nossa sociedade, mas que não são positivos. Muito pelo contrário. No entanto, estando tão enraizados, é difícil alterá-los. E a Gillette fez a sua parte. Porque, claro, os miúdos andarem à batatada ou as mulheres a serem assediadas, entre outros, não são comportamentos que devam continuar.
Acontece que, lá está, muitas pessoas se insurgiram contra a dita campanha. E a minha questão é... Porquê?
A única razão que eu considero quase razoável para que algum homem não goste da campanha seria qualquer coisa como "ahhh.. Não acho nada bem que estejam a generalizar isto. Não é porque alguns homens fazem isto que todos o fazem". Mas não é isso, pois não?
Homens deste mundo, expliquem! Não gostam que vos seja apontado o dedo? Não gostam que coloquem o dedo na ferida? Ou não gostam da sensação de perda de "poder"?
Expliquem-me, por favor. Se quiserem, e para vos facilitar a explicação, podem ver isto como uma forma de mansplaining. Eu deixo. Mas só desta vez.