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Opiniões e Postas de Pescada

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08
Jan18

Fui ver os Alt-J... É possível receber parte do valor do bilhete?

Miúda Opinativa

Na quinta-feira passada, decidi ir ver os Alt-J. 

 

Já os tinha visto no Alive do ano passado e conforme escrevi aqui, adorei. Achei, na altura, que o concerto mereceria um outro tipo de ambiente para que realmente fosse espectacular e pensei que o Pavilhão Atlântico | MEO Arena | Altice Arena (se calhar voltávamos ao nome original, não? Isto de estar sempre a mudar torna a coisa um bocado confusa...) lhe poderia dar esse ambiente. 

 

E, de facto, deu. Reduzido a metade, possibilitou um ambiente mais "intimista" que permitiria uma boa interacção entre a banda e o público. Por outro lado, havendo a possibilidade de ficar às escuras, haveria margem para um bom espectáculo de luzes e de efeitos visuais. 

 

Acontece que a banda decidiu que o primeiro concerto da tour - e não sei se serão todos assim - seria "another day at the office". Faz-me alguma confusão, admito, as bandas que não interagem muito com o público e foi isso que aconteceu ali. Cantaram as músicas principais? Sim. Cantaram-nas bem? Sem dúvida. Tiveram um bom espectáculo de luzes e de efeitos visuais? Com certeza!!! Puseram-nos a mexer? Bem, sim... Deram um grande espectáculo? Não. Simplesmente apareceram, tocaram, cantaram, luzes, efeitos visuais, de vez em quando falaram (e ok, simáticos, disseram uma frase em Português), mas nada de interagir. Cumpriram o razoável e ficaram-se por ali. 

 

E isso é algo que, admito, me faz alguma confusão nos concertos. Já os Arctic Monkeys no Alive de 2014 fizeram o mesmo (aliás, até julgo que foi pior...). Faz-me confusão quando as bandas não se envolvem com o público - gosto de pensar que o artista está mesmo a gostar de ali estar, que não vê aquele concerto como algo que só serve para cumprir calendário e quer é despachar a coisa para ir para o hotel. Há uns anos, no início da minha carreira, alguém me disse - e deve ter sido a única coisa acertada que aquela pessoa me disse - que eu tinha que fazer o candidato que ia à entrevista sentir-se especial, confiante. E acho que o trabalho dos artistas nos concertos passa também por isso - por fazerem sentir aquelas pessoas que pagaram para ir ao concerto deles que são especiais. 

 

Enfm, gostei do concerto, foi uma noite diferente, mas gostei muito mais deles no Alive (INTERAGIRAM COM O PÚBLICO!). Daí não querer o meu bilhete de volta, mas parte dele. 

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