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Opiniões e Postas de Pescada

Opiniões e Postas de Pescada

29
Out18

Já voltei, já voltei!

Miúda Opinativa

A viagem, infelizmente, já terminou e hoje já volto para o trabalho.

 

Não houve nenhum terramoto nem tsunami e posso dizer que ainda bem que não desisti da viagem. Porque foi espectacular. Espectacular. Adorei.

 

Gostava muito, à semelhança do que acabei por conseguir fazer no ano passado quando fui à Costa Rica, de fazer um pequeno roteiro sobre o que fizemos. Mas não prometo: tendo chegado no Sábado, depois de milhares de horas de voo, morri para a vida e ontem, domingo, andei entretida com as mudanças para a nova casa.

 

Vamos ver como corre a semana e o próximo fim-de-semana. Vou tentar, mas não prometo!

 

Ainda assim, permitam-me dizer que vale muito a pena. Valeu cada euro que gastei (bem, uns hóteis mais do que outros, mas pronto). E a vontade era ter ficado por lá, ah ah!

12
Out18

Antes das férias

Miúda Opinativa

Que dia absolutamente cheio. 

Vim de manhã para o trabalho a achar que o dia ia ser calmo. Estava, até, a pensar em escrever um post sobre o quão caro é andar de transportes sem passe e o quão ridículo é os cartões Viva Viagem terem uma validade de apenas 1 ano (não era suposto ser uma coisa para ajudar o ambiente? E havendo validade, porque é não há nenhuma indicação no cartão sobre isso??) e/ou sobre o meu azar, que ontem evitei que uma miúda me batesse no carro só para, uns metros mais à frente, eu lhe ter batido. Fuck it. 

 

Mas depois cheguei ao trabalho e as coisas começaram a cair. Coisas que eu não planeei e que também não era suposto terem acontecido. E a minha vontade foi só uma. 

 

Fuck this shit, vou mas é já embora e o resto que se lixe. 

 

Obviamente que não o fiz. 

 

Mas amanhã, por esta hora, já estou em viagem. Não sei muito bem onde vou estar - vai ser uma looooonga viagem -, mas já vou estar a viajar para longe. 

 

E começo a considerar a hipótese de não voltar. 

 

Mentira, quero voltar e ir estrear a minha casa :P 

 

Bye all, I will be back! 

10
Out18

Há coisas muito engraçadas

Miúda Opinativa

Quem se lembra disto?

 

Pois é, a saga continou. Na semana passada, a pessoa ligou-me a dizer, então, que teria sido passada à fase seguinte e que queria marcar a entrevista para sexta-feira, dia 12. Depois de me dizer quem era o cliente, eu acedi a fazer a entrevista, mas sempre a pensar que, a) a função era talvez areia demais para o meu pequeno camião; b) não fazia sentido avançar para entrevista final com o cliente com uma pequena conversa telefónica com o consultora; c) embora o cliente não fosse extremamente interessante e a função não fosse exactamente aquilo que procuro agora, a verdade é que seria uma evolução em relação ao que estou a fazer e teria um salário bem superior. 

 

Assim, confirmei a minha presença na entrevista, tendo dito ao consultor que no sábado iria de férias.

 

Até que ontem o consultor me voltou a ligar, a dizer "olhe, a entrevista vai ter que ser reagendada para terça-feira, dia 16". E eu respondi-lhe "bem, tal como lhe tinha dito, eu no sábado vou viajar, e vou estar duas semanas fora, mas...". Interrompeu-me, como já o tinha feito na nossa primeira conversa, e só disse "ah, pois era, já me lembro. Então olhe, se entretanto o processo não fechar, eu entro depois em contacto consigo. E fico aqui também com o seu CV e se surgir um novo projeto, também entro em contacto consigo. Obrigada, boas férias". 

 

WTF??? 

 

Das duas uma: ou percebeu que eu não seria a pessoa indicada e decidiu inventar uma história ou então é só (mais) um alucinado da vida. Either way, é só um péssimo profissional, que chegou a uma posição de topo numa Consultora de Recursos Humanos de renome. E isto não se percebe. 

 

Mas sabem que mais? Que se foda. Já só quero terminar as coisas que tenho que fazer no trabalho, chegar a sexta e viver duas semanas de uma forma mais descomplicada e livre. 

 

09
Out18

Tanto mar, tanto mar

Miúda Opinativa

Eu cresci com as novelas da Globo. Muito pouco nacionalista nisto do entretenimento, preferi sempre as novelas que vinham daquele lado do Atlântico. 

 

Isto fez com que tivesse começado a gostar muito do Brasil - apesar de nunca lá ter ido. Embora o conhecimento seja limitado, claro, sempre achei muita graça à cultura, às pessoas, ao modo despreocupado de viver. Gosto do sotaque, da alegria. E sempre tive o desejo de visitar aquele país.

 

Mas, admito, hoje em dia essa vontade dissipou-se. Ontem, quando estava no comboio, ouvi um senhor brasileiro a falar ao telefone sobre o caso de um Mestre de Capoeira, que desenvolvia uma série de actividades de cariz social e que era contra o Bolsonaro, foi assassinado por um apoiante daquele candidato. Fiquei a olhar para o senhor, ele desligou a chamada e disse-me "Está complicado", e voltou-me a contar a história. E eu só consegui dizer "não se percebe".

 

O Brasil é um país com um potencial enorme mas com um também enorme problema de corrupção. E agora, está a pagar a moeda mais cara dessa corrupção - a muito provável eleição de um fascista, xenófobo, homofóbico. Eleição democrática, à semelhança do que aconteceu com a eleição de Hitler em 1932.

 

E tudo isto é muito triste. E preocupante. Vivemos tempos estranhos e tenho algum receio do que está para vir.

 

Para os Brasileiros, tentarei guardar-vos um cravo e mandar-vos um cheirinho de alecrim.

05
Out18

Quando nos começamos a preocupar com o que nos pode acontecer

Miúda Opinativa

No post de ontem, escrevi sobre o facto de estar preocupada com a viagem para a Indonésia e com o meu medo de morrer. E escrevi, também, que parte desse receio se relaciona com o facto de os meus pais já terem perdido um filho e de não querer que perdessem outro. 

 

Essa é a grande verdade. Se calhar, se o meu irmão não tivesse morrido no ano passado, a minha preocupação em ir para lá seria menor - sim, desastres acontecem e não acontecem só aos outros, mas não podemos deixar de viver com medo desses desastres. Além disso, a História diz-nos que não existem dois grandes sismos seguidos nem dois tsunamis. 

 

No entanto, o meu irmão morreu no ano passado e sinto, desde essa altura, que tenho muito mais cuidado comigo. Que tenho um cuidado redobrado quando conduzo ou quando atravesso a estrada. Ou que me tornei ainda mais hipocondríaca, com medo de ter um cancro que me possa matar. 

 

À semelhança da música do Robbie Williams, eu não tenho medo de morrer, apenas não quero. E não quero morrer não só porque tenho muito que viver ainda mas, também, porque não quero que os meus pais voltem a passar pela devastidão de perderem um filho. 

 

E isto deve ser quase como quando as pessoas se tornam pais. Há uns tempos, uma amiga minha, que já foi mãe, dizia que agora pensaria duas vezes (três, quatro) antes de fazer um salto de pára-quedas. Porque, lá está, foi mãe, e o seu lado mais aventureiro (que ela até tinha) esmoreceu. "Apenas" porque teve um filho. 

 

Há cerca de 1 ano, a propósito da morte do meu irmão, escrevi por aqui que nos tornamos adultos quando passamos a cuidar. E acho que isto é um dos aspetos disto de ser adulto e de cuidarmos - termos medo não só por nós mas, mais ainda, pelos outros, por quem cuidamos. 

04
Out18

Why

Miúda Opinativa

Já disse por aqui que as minhas tão desejadas férias estão a chegar. 

De Sábado a uma semana, lá vou eu para a Indonésia, para fazer aquilo que tanto preciso que é... Descansar. Descansar. Descansar. 

 

Acontece que não sei se, de facto, vou descansar. Com tantas notícias terríveis a virem de lá, com terramotos, tsunamis e até vulcões, neste momento começo a ter algumas dúvidas se realmente quero ir para lá e, indo, se realmente vou estar descansada ou se vou, pelo contrário, estar constantemente a tentar sentir se a terra está a tremer. 

 

O meu namorado, a pessoa mais incrivelmente prática que eu conheço e ligeiramente inconsequente, diz-me que estou a exagerar. O meu chefe diz-me que eu sou propícia a azares, é um facto, mas tenho uma aura que faz com que escape ilesa desses azares - o que também é verdade. 

 

Mas fico preocupada. Embora Bali, o nosso destino principal, não tenha tido grandes azares, a verdade é que sinto que me estou a meter no olho do furacão. E que os meus pais já perderam um filho e não queria que perdessem outro.  

 

Mas o que é que eu posso fazer? Tendo em conta que para nos mudarem a viagem o destino teria que ser ali na zona, qualquer destino alternativo seria igualmente propício a desastres naturais... Por outro lado, se vamos deixar de viajar devido a desastres que podem acontecer, então não saíamos de casa. Porque no Mundo em que vivemos, se não são desastres naturais, são ataques terroristas. 

 

Enfim. Não é fácil. 

 

 

01
Out18

Setembro

Miúda Opinativa

De repente, Setembro terminou.

Setembro foi um mês enorme, que passou a correr.

Em Setembro, fez um ano que o meu irmão morreu.

Em Setembro, fiquei extremamente frustrada com o meu trabalho, apesar de ter superado todos os objectivos.

Em Setembro, fiquei triste, mesmo triste, com situações que me ultrapassam mas que acabam por ter algum peso na minha vida.

 

Mas em Setembro, a minha casa avançou. Os móveis chegaram, os electrodomésticos foram instalados e já comecei a empacotar coisas para levar (e até a desempacotar!).

Em Setembro, o meu namorado defendeu-me nas tais situações e aligeirou algumas das minhas inseguranças.

Em Setembro, as minhas amigas, apesar de todos os nossos constrangimentos, estiveram aqui para mim.

 

Há muito tempo que não gosto de Setembro - talvez desde que Setembro significava regressar a um Curso que eu não tinha a certeza de ser o certo para mim. E no ano passado, Setembro foi o pior mês da minha vida.

 

Setembro de 2018 foi melhor que o ano passado, claro, mas não foi isento de dramas, stresses e tristezas enormes. Teve coisas espectaculares, que teve, mas, admito, estou aliviada pelo seu fim e pelo início de Outubro.

 

Até porque, na verdade, daqui a 13 dias vou de férias.

 

Venha de lá esse Outubro!

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