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Opiniões e Postas de Pescada

Opiniões e Postas de Pescada

30
Out17

Até à próxima semana!

Miúda Opinativa

Não tenho sido muito presente neste blog, não tenho escrito com a mairo das frequências, nem tampouco tenho comentado os vossos blogs. Por isso, não vai fazer assim grande diferença. Mas despeço-me até à próxima semana: amanhã saio este nosso Outono atípico e vou para o frio do centro da Europa. Vai ser uma aventura (primeira vez que os meus pais vão ficar instalados num Airbnb, ah ah), mas espero que nos faça bem a todos, que bem estamos a precisar.

 

Até à próxima semana :)

 

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26
Out17

Da atualização IOS (e sobre smart phones em geral)

Miúda Opinativa

Às vezes, tenho vontade de voltar às origens. De ter um telemóvel não inteligente (e às vezes, de nem sequer ter um telemóvel). Sei que não preciso de um iPhone para sobreviver, mas irrita-me a "dependência" de redes sociais e de aplicações. E falo da minha dependência, não da dependência de outros. Não sendo a pessoa que mais partilha a sua vida nas redes sociais (utilizo o Facebook essencialmente para ver coisas que os outros publicam e uso o Instagram para colocar fotografias de coisas que vejo, livros e pouco mais - são raras as fotos minhas que estão lá), admito que muitas vezes as utiliza como escape da sua vida. Não tenho nada para fazer e vou ao Facebook e ao Instagram e depois volto ao Facebook. É um bocado triste. 

 

Mas não era sobre isto que queria falar (apesar de se relacionar). Tenho um iPhone 6S, comprado em Maio de 2016, e fiz há uns dias a atualização do sistema operativo. E digamos que aquilo não fez bem ao telemóvel. Às vezes bloqueia, a bateria dura ainda menos tempo, as notificações às vezes aparecem de uma maneira completamente estranha... Enfim, não foi fixe. Ora, o meu iPhone, embora não seja o modelo mais recente, não se pode dizer que seja velho. Tem 1 ano e 5 meses. Isto não é um telemóvel velho. Então, porque raio é que a nova atualização fica assim? Ou isto também acontece no 7? (Suponho que o 8 - é 8? - e o X já venham com esta atualização, por isso nem sequer pergunto). 

 

É algo que me aborrece. Aborrece-me gastar centenas de euros num telemóvel e após 2 anos ele começar a ficar obsoleto, com 3 anos estar cada vez mais lento e com 4 estar encostado às boxes.

 

Por isso, tenho vontade de voltar aos antigos telemóveis. Que não têm atualizações de software que os tornam obsoletos. E que não fazem com que esteja sempre ligada. 

25
Out17

Viena

Miúda Opinativa

Amiguinhos,

 

Na próxima semana, vou para aquela que será a primeira das 3 viagens que tenho até ao final do ano. Nem tudo é mau!

 

No dia 31, vou para Bratislava, onde a minha irmã está a fazer Erasmus, com os meus pais e no dia 2 de Novembro vamos todos para Viena. 

 

Estive 1 dia em Bratislava e a minha irmã está lá a viver há 1 mês e meio, por isso não preciso de grandes dicas. Mas para Viena sim, preciso... Tenho um roteiro feito pelo Visit a City, mas queria saber mais opiniões - que sítios é que não posso mesmo mesmo perder? Que sítios aconselham para uma pessoa como o meu pai, algo tradicional, comer sem ter que deixar lá um rim? 

 

Digam-me coisas :)

24
Out17

"Vamos indo"

Miúda Opinativa

Esta expressão, tão portuguesa, sempre me irritou. Irritava-me porque apesar de saber que as coisas nem sempre são branco ou preto, enervava-me este meio termo. Dava-me sempre a sensação que a indecisão era reflexo de um "bem, não vou dizer que as coisas estão bem porque nunca se sabe" ou de um pessimismo fingido. Enfim, não sei bem porquê, mas nunca gostei desta expressão.

 

Mas como é que dizem? Não cuspas para o ar...

 

Hoje, quando quem me conhece e sabe o que aconteceu em Setembro me pergunta "como é que estás?", eu digo "vamos indo". E hoje, arrogante numas coisas mas humilde noutras, percebo o porquê de se usar esta expressão.

 

Porque é possível estar "bem" mas, na verdade, não se estar. Porque é possível rirmo-nos, trabalharmos, sermos relativamente funcionais, estarmos com outras pessoas e estarmos a levar a vida para a frente mas, ainda assim, não estarmos realmente bem. Em que estamos na nossa vida de sempre e de repente nos lembramos do que aconteceu e daquilo que nunca vai acontecer. Nos lembramos da dor e do sofrimento e nos apercebemos que apesar de já nos rirmos, de já trabalharmos, de já sermos relativamente funcionais, de estarmos com outras pessoas e de estarmos a levar a vida para a frente, as coisas nunca mais serão as mesmas.

 

E que o nunca mais é para sempre. E isso custa, dói, revolta.

 

Por isso, "vou indo". É uma expressão parva e irritante, mas "vou indo". Ando para a frente, mas mal. Porque me tiraram um bocadinho de chão - e como se anda em passo decidido quando o chão em que andamos é incerto?

23
Out17

Sobre o Acórdão do Tribunal da Relação do Porto

Miúda Opinativa

Há uns bons anos (diria que eu teria uns 9/10 anos, portanto há pouco menos de 20 anos), a Globo produziu uma novela chamada Torre de Babel. Para quem não sabe - ou não se lembra -, a novela começava com um assassínio: a personagem do Tony Ramos, após ter encontrado a mulher a traí-lo, matou-a (julgo que com uma pá). Como consequência, a personagem do Tony Ramos é julgado e condenado 20 anos de prisão, onde tem tempo para planear a vingança contra a pessoa que testemunhou contra ele - o dono do centro comercial que entretanto viria a ser construído que se chamaria Torre de Babel.

 

E o que é que isto interessa? Não, não estou a aqui a dar espectáculo com a minha memória extremamente apurada (que às vezes é uma bênção mas noutras é uma maldição. Ou então, como no presente caso, é só um freak show XD).

 

Mas tendo visto a notícia do Acórdão do Tribunal da Relação do Porto, não consigo deixar de pensar que bem, se a personagem do Tony Ramos tivesse sido julgada por este juíz, então aquela novela não tinha acontecido...

 

Enfim, não vou dizer nada que não se tenha dito já, mas choca-me como é que em 2017, em Portugal, alguém tem a capacidade de dizer estas barbaridades. Não percebo. Simplesmente não percebo.

20
Out17

História de quem vai e de quem fica | História da Menina Perdida

Miúda Opinativa

Imediatamente antes da "loucura de Setembro", terminei o terceiro livro da série "A Amiga Genial", de Elena Ferrante, a "História de quem vai e de quem fica". Na altura, acabei por não escrever nada aqui sobre o livro e, entretanto, terminei o último livro, a "História da Menina Perdida".

 

Então, e apesar da minha falta de inspiração para posts, decidi escrever agora sobre os dois. E o que há para dizer? Gostei bastante de ambos. Aliás, na verdade, gostei bastante de todos os livros.

 

Destes dois últimos, acho que destaco a relevância que a autora deu às alterações políticas e sobretudo sociais ocorridas a partir dos anos 70 não só em Itália como, na verdade, em todo o Mundo. Sobretudo a alteração do papel da Mulher e, claro, a sua emancipação. Sendo toda eu pelos direitos das mulheres e pela possibilidade, caso assim o desejem, de lutarem contra cânones e contra o que "é suposto fazerem", gostei muito da relevância que se deu a esta "área" nestes dois últimos volumes (e não vou entrar em mais pormenores para não spoilar).

 

Por outro lado, seria impossível não falar bem da escrita. É uma tradução, claro, e por isso não posso dizer com toda a certeza se o livro está ou não bem escrito; no entanto, pela tradução, diria que sim. Gosto muito deste estilo de escrita.

 

Em relação à história em sim, e a estes 4 volumes, só posso dizer que é verdadeiramente interessante. E que toca naquele ponto de sempre - certas decisões têm uma influência gigante na vida das pessoas, mesmo que se ache que não. E sim, todos nós podemos ser aquilo que quisermos; no entanto, às vezes, para além do nosso trabalho, é também preciso que haja oportunidade.

 

Aconselho, a sério  que sim, a leitura dos 4 volumes.

19
Out17

Girls

Miúda Opinativa

Na semana passada, acabei de ver a última temporada da série Girls. Ao contrário daquilo que o nome poderá dar a entender, não é uma série "girly". Muuuuito pelo contrário. Sim, anda à volta de um grupo de amigas na casa dos 20 anos, mas não nos mostra uma história cor-de-rosa. Pelo contrário, mostra-nos uma história - várias histórias - bastante crua.

 

Durante estas 6 temporadas, os sentimentos em relação à série foram vários. Alturas houve em que gostei bastante - porque caraças, conseguem recriar muitos dos desafios polos quais jovens na casa dos 20 passam -, mas houve alturas em que pensei "ok, agora estão a exagerar".

 

Reparem: não acho que exagerem nos dramas - sei lá se as pessoas passam ou não por aquele tipo de dramas -, mas às vezes, não sei muito bem porquê, achava too much. Talvez tenha sido a minha veia mais conservadora - se calhar todos temos uma -, mas achava too much. E a personagem principal irritava-me frequentemente. E bem, outras personagens também.

 

Ainda assim, gostei bastante e aconselho. Porque, lá está, é impossível não nos relacionarmos com algumas - muitas - daquelas situações. Com a dificuldade que é encontrarmos a nossa vocação profissional (e um trabalho, já agora), com os desencontros amorosos, com as mudanças e "re-mudanças" e "re-re-mudanças" de vida. Com o sofrimento. Com a sensação de "grow up apart" - quando, de repente, deixamos de nos identificar com as nossas amigas e pensamos "então mas afinal o que é que nos une?". Com a sensação de reinvenção.

 

E bem... Com o sentimento que se calhar, aguentamos mesmo tudo. Mesmo quando tal parece impossível.

18
Out17

Running in circles*

Miúda Opinativa

Às vezes, acho que é só isto. Ando em círculos: saio do lugar, mas volto sempre ao início.

Volto a um início confuso. Volto a um início onde, apesar de ter apenas uma direção - seguir em frente -, não sei para onde ir, onde me sinto perdida. Onde o desespero é maior que a esperança. Onde a revolta é maior que a compreensão. Onde a tristeza, o sentimento que me tiraram uma das partes mais importantes de mim, é mais forte que tudo. Porque, no fim, tudo se resume a isso. Tiraram-me uma das partes mais importantes de mim - não uma das mais presentes, mas uma das mais importantes.

 

E apesar de agora ser inevitável continuar, não sei como o fazer. Como continuar quando estamos sem chão? Como ter paciência, como voltar a rir realmente, como continuar a viver realmente quando nos morre um pedaço de coração?

 

Como acordar para ir para o trabalho e não ter vontade de mandar tudo à merda e ficar debaixo do cobertor, onde podemos continuar a dormir e onde conseguimos não pensar?

 

Como?

 

*À falta de psicólogo e de tempo para exercício, recorro ao outro tipo de terapia que conheço: escrever. E escrever assim em público, embora apenas em parte porque estou anónima, já faz parte da terapia..

17
Out17

Quando se perde uma boa oportunidade para ficar calado

Miúda Opinativa

Há uns anos, tive um exame na Faculdade que calhava num dia de greve da CP (em 2011, havia muitas greves da CP...). Apesar de, na altura, eu até ter uma alternativa, essa alternativa não era a ideal - o meu irmão alugava um quarto a um amigo e poderia lá ficar, mas em véspera de exame, daquele exame, não me apetecia ficar em casa de um rapaz com quem não tinha assim tanta confiança a stressar. 

 

Sabia que seria difícil mudar-se a data do exame, mas achei que teria a obrigação de dizer à professora que havia uma greve de comboios que não só me afetaria a mim como, na verdade, talvez metade dos alunos. 

 

A resposta da professora ainda hoje me faz rir. Disse-me ela "acautelem-se, venham de véspera". Eu fiquei tão embasbacada que não lhe consegui responder. Qual era o objectivo? Acampar na faculdade? Dormir no anfiteatro? 

 

A situação só não foi problemática porque a greve foi desconvocada. Eu fui ao exame e até passei (ah ah!). Mas revelou uma total insensibilidade da professora.

 

Isto tudo para dizer que às vezes as pessoas deviam parar e pensar antes de falarem. Antes de me dizerem, por exemplo, e porque eu sou incapaz de abraçar uma pessoa que ultimamente me tem tentado abraçar muito, que devido à forma como foi educada, seria incapaz de não retribuir um abraço. Ou antes de dizerem "As comunidades têm de ser proativas, ao invés de ficarem à espera do socorro dos nossos bombeiros e aviões”, como disse o Senhor Secretário de Estado da Administração Interna. Num dia em que Portugal acordou NOVAMENTE com dezenas de mortos vítimas de incêndios, esta mente iluminada diz isso. Será que o senhor acha que as pessoas aproveitaram o calorzinho para fazerem uma sauna grátis e só depois é que pensaram "oh Diabo... Isto se calhar é melhor mexermos as pernas, parece que está a aquecer!". 

 

Vamos lá ver uma coisa: toda a gente tem direito à sua quota-parte de estupidez e de dizer coisas sem sentido. Mas há pessoas que têm menos direito que outras. Há pessoas que são pagas para fazerem - e dizerem - coisas inteligentes. Portanto, não, não têm direito a dizer coisas sem sentido. Pelo menos não no no exercício da sua função.

 

É claro que a frase mais iluminada não iria minizar o que estava a acontecer - para isso, mais do que palavras, exigem-se ações para que, daqui por 1 ano (ou meses), não volte a acontecer uma tragédia destas. O Norte e Centro estão ardidos, mas ainda nos falta muito país! É verdade que somos pequeninos, mas ainda temos serras algarvias! Mas para além de ações, queremos também mentes iluminadas que não digam babuseiras idiotas. Queremos responsabilização - mesmo  que essa responsabilização envolva demissão.

 

Era só isto. 

16
Out17

Animais nos restaurantes

Miúda Opinativa

Ok. Eu sei que este post, numa altura em que toda a gente defende os direitos dos animais - eu inclusivé -, será politicamente incorrecto. No entanto, não consigo concordar com esta ideia de se permitir que os animais de estimação entrem nos restaurantes e cafés. 

 

Prendam-me.

 

Eu sei. Eu sei que ficará ao critério dos donos dos restaurantes. Mas isso não invalida que seja uma ideia parva. Aliás, se calhar ainda a torna mais parva, uma vez que vai gerar confusão.

 

Mas voltando à questão inicial - animais nos restaurantes. É parvo. Desculpem donos dos animais, desculpem amantes dos animais, mas é parvo (pelo menos para mim).

 

Vamos lá ver uma coisa... Eu gosto muito de cães, acho que alguns cães são muito melhores que algumas pessoas, mas os animais não são pessoas. Os cães ladram se vêm outros cães, os cães ficam malucos se lhes passar uma cadela com o cio, os cães andam sempre de volta da comida. Logo, um cão num restaurante, onde há muita comida, onde podem entrar outros cães, pode ficar maluco.

 

E dizem-me os amantes dos animais "ah, mas isso depende do bom senso dos donos". Acontece que os donos nem sempre têm bom senso. Supostamente, os cães deveriam andar na rua com trela, certo? Mas não há uma única vez que eu vá correr para o paredão que não me tenha que desviar de cães que vão sem trela. Cães pequenos, que podem levar um pontapé meu, sem querer (vou a correr, posso não conseguir parar a tempo), e cães grandes, nos quais eu posso tropeçar e cair.

 

Portanto, não se pode confiar, claramente, no bom senso dos donos. E portanto, esta ideia dos animais nos restaurantes é parva.

 

(É segunda-feira, estou de mau humor).

 

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