Westworld
Long time, no see!
Não morri. Apenas desisti da ideia deste blog durante uns tempos. Mas resolvi voltar.
E vou voltar com uma questão de importância extrema: como é que alguém descobriu isto? Como é que alguém, a partir daquilo, conseguiu fazer isto?
Não fui eu que descobri a série. Um amigo do meu rapaz falou-lhe da coisa e ele começou a ver. Não gostou do início, mas foi continuando a ver. E a partir do quarto episódio, começou a adorar. Paralelamente, um amigo meu também me ia falando bem da coisa.
Mas confesso: a sinopese "pessoas ricas vão para um parque de diversões com o tema do faroeste americano e habitado por robôs com inteligência artificial e lá conseguem realizar todas as suas fantasias sem quaisquer consequências" não me atraía especialmente. Sim, é sempre interessante analisar o que é que nós, seres humanos teoricamente racionais, poderíamos fazer num mundo sem leis e sem consequências, mas, ainda assim, a ideia desta série não me atraía particularmente.
Até que resolvi ceder. Vi o primeiro episódio e ia morrendo de tédio. Vi o segundo e quase a mesma coisa. O rapaz ia-me dizendo que ficava bom. E o rapaz tinha razão. Não foi no quarto, foi no quinto. E oh boy, ficou bom. Ficou muito bom. Ficou intrigante, com suspense, com interpretações espectaculares e com um final surpreendente. A segunda temporada só regressa em 2018. 2018, é isso mesmo. Uma dor, portanto.
Ora, independentemente de eu ter achado interessante, o rapaz, lá está, adorou a série. E eu decidi que tinha que lhe oferecer alguma coisa alusiva no Natal. E descobri que afinal a série foi baseada no filme de 1973. OH MEU DEUS, pensei. Vou oferecer-lhe o filme no Natal. Dito e feito. Não foi o presente principal, mas ele ficou supreendidíssimo e gostou. Cool, acertaste, Miúda Opiniativa. Até que ontem resolvemos ver o filme. E que desilusão. A sério, que desilusão. Está bem que estávamos em 1973 e não se pode exigir assim tanto em certos aspectos, mas podemos exigir um bom plot e boas interpretações. E nada disso aconteceu. As interpretações andavam ali ao nível dos Morangos com Açúcar no seu pior e como se isso não fosse mau o suficiente, ficámos sem perceber o que raio aconteceu para que houvesse a revolta dos robots (desculpem pelo spoiler).
Agora a questão é: como é que alguém descobriu aquilo? E como é que alguém foi tão inteligente que conseguiu perceber que podia, a partir daquilo, fazer esta série tão boa?